I
Eu caminho por uma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu caio dentro dele.
Estou perdido… Estou indefeso… Não é minha culpa.
Demora uma eternidade para achar uma saída.
II
Eu caminho pela mesma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu finjo que não o vejo.
Eu caio dentro dele outra vez.
Eu não acredito que estou lá de novo, mas não é minha culpa .
Ainda demora bastante tempo para eu sair de lá.
III
Eu caminho pela mesma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu vejo que ele está ali.
Eu caio nele… é um hábito.
Meus olhos estão abertos… Eu sei aonde estou… É minha culpa.
Eu saio imediatamente.
IV
Eu caminho pela mesma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu passo em volta dele.
V
Eu caminho por outra rua.
(Adaptado por José Roberto Marques – Texto original Seguindo em Frente, Portia Nelson)